sábado, 13 de junho de 2009

Uma orquestra em Roma...

Roma, é a cidade capital da Itália e sede da comuna e da província com o mesmo nome, na região do Lácio. Conhecida internacionalmente como A Cidade Eterna pela sua história milenar, hoje, Roma foi palco de mais um acontecimento “histórico, cultural e desportivo” que tão cedo não iremos esquecer!

Adjetivos para caracterizar a atuação do Barcelona me faltam, mas vendo o jogo e a forma como o Barcelona fazia fluir em toque de veludo liso o seu futebol, veio-me à cabeça e ao meu pensamento uma orquestra, a orquestra do Maestro Guardiola!! Permitam-me realçar que uma orquestra é composta por violinos, violoncelos, contrabaixos, violas de arco, sopros de madeira, de metal, e percussão. O Maestro montou sua orquestra, ensaiou a sinfonia, mandou afinar os instrumentos, e nos deliciou com um som suave, leve, simples e de arrepiar a quem estivesse presenciando.

Piqué (que se transferiu para o Barcelona a preço de café de esquina), Yaya Touré, Puyol e o “tímido” Sylivinho, estiveram na percussão, instrumentos musicais cujo som é obtido através do impacto, raspagem ou agitação, com ou sem o auxílio de baquetas. Foi com base, ou não, em baquetas que a defesa do Barcelona se opôs ao ataque do M. United, que só se resumia à figura de C. Ronaldo.

Sergio Busquets, Xavi e Inestia, sem dúvida encarregaram dos violinos, lembrando que o timbre do violino é agudo, brilhante e estridente, mas, dependendo do encordamento utilizado, podem-se produzir timbres mais aveludados, foi à base desses timbres que as jogadas dos golos do Barcelona apareceram.

Eto’o e Henry, esses no contrabaixo, frisando que as suas cordas, da mais aguda à mais grave, possuem a seguinte afinação: Sol, Re, La, Mi. Foram nessas notas e do pra LÁ e pra CÁ que levaram os defensores do M. United, e Vidic que o diga no golo do Eto’o.

Messi, se encarregou do violoncelo, que é o instrumento de cordas com uma extensão dinâmica maior, e considerada um ”monstro” dos instrumentos musicais. Uma exibição conseguida, deixando para trás o trauma dos jogos com equipas inglesas, e no duelo quase que inconsciente com C. Ronaldo levou a melhor, e a exibição foi coroada com o segundo golo do Barça. Com a “finesse” de sobra que lhe é característico, o miúdo que sofria de enfermidade hormonal, possui uma técnica apurada, dribles simples e desconcertantes, quesitos que fazem dele o melhor jogador do mundo da actualidade.

Para terminar, se de um lado tinhamos uma orquestra, de outro tinhamos uma “Boys Band”, com seu vocalista de cabelo arrebitado a gel, e “boa pinta” que causa histeria de adolescentes de acne, vivia do single de sucesso já ultrapassado em relação à Champions League, We were the Champions. Ano que vem estaremos atento às orquestras e às boys band!!!!

Maky Silva

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